31.5.10

As nossas vitórias !!!

Cada vez mais as deslocações para jogar Rugby são mais complicadas. A logistica cresce a cada deslocação e qualquer dia estaremos a marcar jantares, para combinar a saída no Sábado seguinte.Tudo por causa dos dotes culinários das nossas mães e avós, de receitas de doçaria conventual e da "fobia" avassaladora dos Mourisquenses em passar fome. Já não chegava um bom lanche, agora é a vez do mobiliário e do fogão !!!
Estas fotos ilustram a "paixão" pelo Rugby e o manifesto desprezo por tudo quanto tenha aposto no rótulo a palavra "light". Fica para a posteridade uma feijoada com a chancela dos "Marques Gomes", feita com carne de animais criados em quintas mourisquenses com a mais pura e natural dieta (para os animais). Depois é o "feijão-mourisco" de 1ª categoria a roçar no "unto" dos rojões e mais meia dúzia de truques que aqui não se explicam, pois isto é um blogue de Rugby e não de culinária.
O aspecto final é similar a um ensaio onde a bola circula por todos os jogadores e salta a alegria nas bancadas (central, no caso em apreço). Tudo isto em bom e mais importante ainda em tamanho manifestamente familiar.

Certinhos a comer e jogar. Calorias ingeridas e armazenadas, prontas a serem gastas a placar ou a "ensaiar". Contrariando voluntariamente (e com a anuência dos pais) a pirâmide de alimentos que aprendem na escola, encharcam-se de "hidratos de carbono" e de açucares. Coitadinhos, pois ninguém olha pela saúde deles.

Como diz o povo: - "Quem não presta para comer, também não presta para jogar..."
Até fora de campo conseguimos vitórias...

30.5.10

Moita (Anadia) Convívio Sub 8 /10 / 12

UD MOURISQUENSE 2 - 3 AA COIMBRA
Ximenes(2)
UD MOURISQUENSE 6 - 4 BAIRRADA
Rodrigo Marques Gomes(4) e Ximenes (2)
UD MOURISQUENSE 10 - 3 ESCOLA AGRÁRIA
Ximenes (1), Alegria(2), Rodrigo Marques Gomes(3) e Gabriel(4).
UD MOURISQUENSE 5 - 2 CDUP
Alegria (2), Ximenes (2) e Rodrigo Marques Gomes(1)


EQUIPA: Ximenes, Gonçalo Castilho, Alegria, Totti, Rodrigo Marques Gomes, Tomás e Gabriel.

26.5.10

A história das camisolas

Por altura do ano de 1947 ou 1948, iniciava-se o futebol em Mourisca do Vouga debaixo de uma estrutura associativa, que em 1949 conheceria o nome de União Desportiva Mourisquense. Pouco tempo mais tarde teria estatutos, orgãos sociais, eleições e toda a papelada visada pela “Antiga Senhora”. Enfim já era clube - na verdadeira acepção da palavra.
O Futebol ía-se jogando na terra desde os anos 20, de forma não sistemática em jogos e torneios, sempre fora da alçada federativa. Era comum, organizar-se uma equipa com 3 a 4 semanas de treino e irem em excursão domingueira (numa camioneta de aluguer) jogar a outras paragens, numa base de muita merenda, tinto e reciprocidade.
Como todas as colectividades de bairro, a coisa não era fácil. Tal como hoje! Viviam-se tempos do “pós-guerra”, de miséria crescente, de muita emigração e iam valendo as “criações e novidades” do fértil Vale do Vouga para matar a fome aos que teimavam em ficar por cá. Analfabetismo, alcoolismo, bosta de vaca na estrada e miúdos ranhosos - como em todo o lado. A caracterização sócio-económica da Mourisca não diferia do resto do Portugal (salvo Lisboa), mas a honra era grande !!
Formada a equipa (sempre) com adeptos bastantes (não há equipa sem adeptos), lá se foram fazendo uns jogos-treino, num local muito próximo de onde são hoje as “ruínas” da FAMEL (jogos em casa) e um pouco por todo o lado entre Coimbra e Vale de Cambra.
Formado o “team” faltavam os equipamentos.... Era uma “grande gaita” comprar equipamentos !!!! Onde, como e sobretudo - com que dinheiro ??
Havia três pessoas no topo da pirâmide do clube e claro na linha da frente desta história. Pessoas ligadas umbilicalmente aos momentos marcantes da terra e dinamizadoras de tudo que contivesse uma matriz social. Um clube de futebol na década de 40 é manifestamente mais que uma IPSS no Sec. XXI. O grande Zuzu (anti-fascista dos 7 costados, folião, amigo do seu amigo e tratado pelos miúdos por Sr. Coelho), Dinis Saraiva (encenador, escritor, organizador de excursões, homem muito letrado para a época e respeitado por gentes do Mondego ao Douro) e Vicente de Mello (fundador do jornal “A Bola”, Mourisquense de gema mas radicado na capital do império, ligado às esferas do futebol e à noite boémia lisboeta, mas sua a paixão verdadeira era a Mourisca) constituíam o Triunvirato do Mourisquense.
Zuzu assumia aquilo que hoje cabe a um director desportivo, Dinis Saraiva desembrulhava-se das licenças, inscrições, estatutos, deslocações e Vicente de Mello aturava estes dois ao telefone (ou por carta) e quando o “deve” e o “haver” não se equilibravam sobrava para a carteira do Vicente.

Situação de Pânico

Com o clube formalmente organizado (como nunca antes) e com jogo marcado de estreia a poucos dias de se realizar, as gentes da Mourisca não tinham equipamentos para se apresentarem ao jogo. O tempo era pouco, o dinheiro menos que pouco e o pânico antes de “subir o pano” estava instalado na Vila. Solução: telefonar com urgência ao Vicente de Lisboa.

Vai daí e imagina-se o Zuzu num diálogo (hardcore) ao telefone com o seu amigo Vicente :
- Oh pá !!! Tu "desenmerda-te"! Arranja os equipamentos que prometes-te arranjar !! A malta aqui come-te vivo !!! Tens pouco tempo !! Desenrasca-te !!!!
- Vou ver o que consigo fazer - deve ter dito Vicente de Mello.

A “estrutura gramatical” do diálogo não deve ter sido bem assim, mas a alma destes Mourisquenses jamais seria beliscada neste blogue. Com mais gíria e calão pelo meio certamente, mas reza a história que alguns dias depois chegaram os equipamentos por Caminho de Ferro à Estação de Mourisca do Vouga. Remetente: Amigo Vicente de Lisboa.
Uma vez aberta a caixa, todos ficaram boquiabertos com o luxo dos mesmos. Camisola, calção, meias e botas de futebol para todos! Estava então o problema principal (bem) resolvido o e criado um problema acessório !!!
É que os equipamentos tinham sido "carinhosamente desviados" da “Associação de Futebol de Lisboa” directamente (e apressadamente) para Santa Apolónia e continham um corvos na manga/ombro, bem como um simbolo com uma letras “L I S B O A” no peito. Havia que encontrar “costureiras”e inventar (rapidamente) um símbolo para a União Desportiva Mourisquense !!!!
Arrancaram-se os “corvos”, desenhou-se “à pressa” um símbolo para tapar o “alfacinha” e aí estão as camisolas do Mourisquense ... a bombar !!!
Consta que no fim-de-semana seguinte a seleção da Associação de Futebol de Lisboa, perdeu por falta de comparência um jogo com a sua congénere de Setubal. Porque seria ??
Para o futuro, ficaram as cores da cidade de Lisboa nas nossas camisolas, que verdade seja dita nunca ninguém ousou honrar com tanta “gana”. A imagem de Lisboa (finalmente) saía assim glorificada e claro Mourisquense Forever.

15.5.10

Moita (Anadia) Convívio Sub 8 /10 / 12

Marcado (inicialmente) para o dia 15 do corrente do mês, este evento teve de ser alterado pelo facto do Comité de Rugby do Centro "não ter mãos a medir". Muito trabalho, muito evento, muita actividade e ... as mãos não chegam !!!Assim houve a necessidade de "empurrar" o convívio duas semanas para a frente, pelo que dia 29 será "dia grande".Decorrerá então no próximo dia 29 de Maio (Sábado), na Moita ( Anadia ), o Convívio Inter-Regional aberto aos escalões de SUB-8, SUB-10 e SUB-12.
Aqui fica o horário previsto pela organização:

11H00 - Recepção das equipas; 11H15 - Breafing técnico;
11H30 - início dos jogos;
15H30 - final (previsível) do convívio.


Nós estaremos lá, com pais, tios, avós, vizinhos e primos e (se calhar) com "feijoada" na ementa. Será a nossa última "cartada" duma época (1ª) acima das melhores expectativas !

2.5.10

Convivio Nacional Lousã (1)

Jogos disputados na Lousã com excelentes condições de tempo e de relva e cerca de 170 atletas presentes, numa organização conjunta do Rugby Club da Lousã e do Comité de Rugby do Centro.
Notas a registar:
a) Falta da Bairrada (a braços com comunhões, catequeses e outras tarefas religiosas)
b) Falta do CRAV ( a malta esperou, esperou e nada)
c) Falta do CDUL (Acreditamos que é díficil fazer a viagem de Lisboa a Lousã)
d) Empenhamento e trabalho do Comité
e) Forma simpática em receber do RC Lousã.

O sorteio ditou que o jogo de abertura seria contra os estudantes de Coimbra (a equipa mais forte da região centro), onde os Pilatos mostraram não ter argumentos suficientes para discutirem o jogo. Mais força, mais técnica, mais corpo e mais experiência fazem das "capas e batinas" um adversário doutro patamar. Rodrigo em estreia com a camisola do Mourisquense, ainda fez dois ensaios, numa altura do jogo em que a Académica já tinha feito algumas mexidas.

A terminar ainda poderíamos ter reduzido para 3-6, mas Bruna e Ximenes não tiveram força para "empurrar" a defesa estudante.




RESULTADO: UD MOURISQUENSE 2 - 6 AA COIMBRA * Ensaios de Rodrigo (2)

* * *
No segundo jogo, contra a equipa da casa, Rodrigo ainda conseguiu fazer o empate (1-1) numa altura que o Mourisquense estava por cima do jogo, mas a força dos Lousanenses mostrou a força nos últimos minutos de jogo. O resultado (um pouco desnivelado) evidencia uma equipa da Lousã muito organizada, disciplinada e com um excelente executante. Não nos era possível fazer melhor, contra uma equipa que faz muitos passes rápidos e muito certinha a defender. A nível da defesa, ainda não chegámos lá...


RESULTADO: UD MOURISQUENSE 1 - 5 RUGBY CLUB LOUSÃ * Ensaio de Rodrigo

* * *
O 3º jogo agendado contra o CDUP revelou-se a surpresa da tarde. Com Rodrigo (estreia do Mourisquense) a ganhar todo o jogo pelo chão, e com muitas aberturas rápidas o Mourisquense conseguia equilibrar o jogo. O CDUP começava a evidenciar algum nervosismo, e os Pilatos aproveitavam para "ensaiar". No Final um 5-5, que traduz alguma "sorte no jogo" e deixou grandes rasgos de alegria nos Pilatinhos. Algumas entradas "à margem da lei" dos jogadores do Mourisquense (placagens altas), que provam a emotividade no jogo. Prova também que há algum trabalho de casa (treinos) a fazer.




RESULTADO: UD MOURISQUENSE 5 - 5 CDUP * Ensaios de Ximenes (3), Totti e Rodrigo.

* * *


Tempo (ainda) para um 4º jogo com a ESCOLA AGRÁRIA. Para os miúdos tratava-se de um jogo de desforra com a Escola Agrária de Coimbra. Nos dois embates em ocasiões anteriores, com uma vitória para cada lado e muita agitação entre ambas as equipas, pois as amizades entre jogadores já começam a notar-se. Os nossos atletas nutrem claramente uma simpatia pelos "agricultores" e acham imensa piada ao grito: "Charrua-charrua-charrua". Jogo muito rápido, muito disputadono solo, com ambas as equipas a merecerem o empate. A vitória sorriria aos Pilatos num 6-5 apertado, com a Agrária a falhar de forma incrivel a "bola de jogo".

RESULTADO: UD MOURISQUENSE 6 - 5 ESCOLA AGRÀRIA * Ensaios: Totti(2), Rodrigo(2) e Ximenes (2)

* * *

(da Esq para a Dir): Bruna, Ximenes, Castilho, Tomás, Inês, Rodrigo, Totti e Renato.

A NOSSA SELECÇÃO

Comitiva Mourisquense, barulhenta, especializada em petiscos e representativa de vários escalões etários. Um show...

24.3.10

1000 ensaios

Um milhar de visitantes já "ensaiaram" neste blogue. Prova provada que tem razão de existir !

20.3.10

Convivio Portugal-Roménia

Terceira ida (e última) a Lisboa para o Convívio Portugal-Roménia. Foi mais uma saída às 06:30 da manhã, com uma mudança (por avaria) de autocarro em Coimbra e com a factura da viagem ainda para pagar !! O que se faz para por o Rugby a germinar numa terriola de provincia !!
Com 2 notadas ausências no plantel (Alegria e Renato a medirem forças com a gripe!), fomos apenas com 6 atletas para os 3 jogos agendados.

Belenenses, Santarém e Montemor
Dadas as diferenças naturais, o 1º jogo contra os meninos de Belém começou da melhor forma, com o Mourisquense a conseguir dois ensaios por intermédio de Totti. Com 2-0 parecia que o jogo fosse "fluído" a descambar para a Mourisca. Puro engano. Acabámos com 5 no pêlo, que não é vergonha nenhuma.
Os "os Belenenses" orientados por Ricardo Brito e Mariana Carido alinharam com João Emilio, Xavier(1), Domingues(1), ManuelI(1), Zé Manel, Manuel II, Luís (1), António (1) e Frederico.

(foto conjunta de Pilatos e Belenenses)

(Túnel da glória)

No relvado apareceu-nos o Santarém Rugby Clube (SRC), equipa com a qual nunca tinhamos jogado. João Afonso, Lucas, Manuel, Francisco, Martim, Mata e António Menezes foram os atletas em acção orientados por Maria Albuquerque. Para a história fica a vitória dos Ribatejanos por 5-2 com ensaios obtidos por Manuel(3), Francisco e Martim. Pela Mourisquense Totti e Ximenes apontaram os ensaios.

(Escalabitanos e Mourisquenses c/ Bruna, Totti, Inês em cima e Tomás, Ximenes e Gonçalo Castilho em baixo)

(fase do jogo com Tomás e Bruna a placar)

No terceiro encontro esperava-nos o Montemor Rugby Club, com quem tinhamos jogado no Convívio da Geórgia. A vitória do Montemor no primeiro jogo parece não ter afectado os "Pilatinhos", que lograram obter a 1ª vitória fora de portas. Depois das duas vitórias obtidas em casa no "MOURISCA RUGBY CHALLENGE", chegou a vez de obtermos uma vitória num convivio na capital. E aconteceu. Saliente-se o primeiro ensaio da Inês, num jogo muito (muito e muito) "durinho" e disputadissimo, com Totti a apontar um ensaio e Ximenes dois. Uma vitória suadada por 4-2 com os ensaios dos Alentejanos da responsabilidade de Francisco Mira e de Simão Nunes. Pelo Montemor alinharam ainda Afonso Neto, Manuel Silva e Augusto Mira, sob o comando de Bernardo Xavier.(Ensaio de Daniel Ximenes)

M&M (Montemor e Mourisca )

Para a posteridade fica a vitória conseguida, 15 horas fora de casa cheias de emoção e adrenalina e uma má partida da selecção nacional. Nos relvados anexos ao Estádio Universitário ficou a boa imagem deixada por aquela equipa com camisolas esquisitas e sempre pronta a jogar !

Ainda sobre a origem das nossas camisolas que parecem ser (e são) a bandeira de Lisboa, prometemos relatar a história verdadeira (e hilariante) num post próximo. Agora que o tempo fintou a vergonha e o crime já prescreveu juridicamente !!!

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